31 janeiro 2006

Fruto do Espírito - Alegria

Alegria
Aristarco Coelho
03 Novembro 2004 - Fortaleza, Ceará.

Quero em minha vida
O brilho da alegria
Refletido da alegria
Que transborda do Teu ser

Poço seco, água turva
Dia triste, luto à porta
Não há motivos prá rir

Mas vou trazer à memória
A razão da alegria
O fruto da Tua vinha
És Tu mesmo, Senhor

Contagia meu ser
Alegra a minha alma
Prá alegria de outros
Pra teu nome bendizer

29 janeiro 2006

O Começo de Uma Amizade

Por Aristarco Coelho
10/12/2004

Uma das perguntas mais intrigantes para se pensar é: QUAL O SENTIDO DA VIDA? Isso porque a sua resposta tem o poder de definir a direção e o propósito de nossas ações.

Se vida é um ACIDENTE PROBABILÍSTICO, um acaso, que, por acaso, surgiu de uma explosão aqui no planeta Terra, e continua acontecendo por causa de inúmeras coincidências, então precisamos tomar providências pra sair ganhando em tudo que fizer. Não vale a penar perder sequer uma oportunidade de levar vantagem.

Se a vida não tem um Criador que a sustente, estamos abandonados a nós mesmos. E aí, podemos e devemos fazer nossas próprias regras para viver. Se a vida surgiu e acontece por si só, então a única lei que vale a pena e a LEI DO GERSON, na qual o importante é levar vantagem em tudo.

Assim, se fazemos parte desse acidente da probabilidade, o sentido da vida é viver de forma mais confortável possível, usufruir todo o prazer que for possível e tornar-se o mais poderoso que puder para não perder nenhuma dessas vantagens. Cada um que cuide do seu.

Você pode ficar chocado com isso, mas é verdade. Toda vez que o ser humano se encontra com a possibilidade de fazer suas próprias leis, ele as faz em benefício próprio e raramente em benefício do outro. Basta olhar para cenário político, onde cada grupo que assume o poder trata com indiferença e descaso mesmo as boas realizações do anterior. Não importa que a sociedade como um todo perca, importa provar que o seu projeto político é o melhor.

Mas se a vida não é um acidente, ela surgiu por causa da ação de alguém. Um Criador. Se isso é verdade, então esse criador tinha um propósito ao fazer surgir vida. E aí vem a pergunta: Qual o sentido da vida, então? Ou melhor, Qual o propósito do criador do criador da vida?

Sendo direto, Deus nos criou para sermos felizes ! A natureza humana clama por felicidade por que essa necessidade foi implantada como um dos anseios mais profundos de nosso alma. Não podemos negar iso. Mas onde ela está? De onde ela vem?

Bom, embora talvez não fosse necessário, vou dizer que a história da humanidade está repleta de declarações feitas por pessoas, que poderíamos julgar apressadamente muito felizes, mas que ainda estão procurando essa tal felicidade. Milionários que morreram sem conhecer uma amizade sincera; mulheres belíssimas, mas inseguras sobre seu valor como pessoa; Gente que conquistou muito poder, mas não conseguiu encontrar o sentido da vida.


Dinheiro, bens, sexo, amizades, poder, influência, não são ruins em si mesmos. Eles podem trazer uma imensa sensação de bem-estar. E isso não é ruim. Ruim é confundir bem-estar com felicidade.

O bem-estar é breve, a felicidade é duradoura;
O bem-estar depende das circunstâncias, a felicidade forja as circunstâncias;
O bem-estar exclui os outros, a felicidade inclui a todos;
O bem-estar é egoísta, só pensa em si, a felicidade e altruísta, pensa no outro;
O bem-estar é conquistado com esforço próprio, a felicidade e recebida como uma dádiva.

Mas se dinheiro, bens, sexo, amizades, poder e influência são fontes de bem-estar, e não de felicidade, qual a fonte da felicidade? A fonte da felicidade está em viver de acordo com o propósito do Criador da vida. Não há na melhor que viver a vida conforme a vontade Daquele que a criou.

O Criador revelou que a vida de acordo com Seus propósitos ao criá-la, começa em nos tornar amigos Dele. Amigos ao ponto de confiarmos inteiramente Nele. Amigos que não duvidam de sua boa intenção ao nosso respeito. Amigos que procuram conhecê-lo: Sua maneira de agir, pensar e viver.

Nesse relacionamento, Ele se dispõe a nos amar incondicionalmente. Mesmo conhecendo quem somos, nossos erros e falhas, a maldade que às vezes toma conta de nossas atitudes e nossa falta de amor para com as pessoas. Mesmo diante de quem somos, ele se dispõe a nos amar incondicionalmente como resposta à nossa confiança incondicional Nele.

Esse é o ponto de partida. Um relacionamento pessoal com Deus.

Se você considera a possibilidade de que não somos um acidente probabilístico, fica o desafio de descobrir o sentido da vida aproximando daquele que diz ser o seu autor.

Ao aprendermos cada dia mais sobre Ele, vamos descobrir cada dia mais sobre nós mesmos.

28 janeiro 2006

Um Pedaço do Céu

Aristarco Coelho - Março 2004

Quero ansiar por tua presença
Sentir o vazio real da minh’alma
Não quero consolo por um só momento
Ou ser iludido num breve prazer

Quero ansiar por tua palavra
Alegrar-me nela todos os dias
Não quero encher minha alma e mente
Com idéias, valores distantes de Ti.

Quero ansiar por estar com teu povo
Sentir cada irmão bem perto de mim
Não quero a tortura de ser rejeitado
Por gestos, palavras que zombam de ti.


Quero privar da tua presença
Ouvir teus conselhos de sabedoria
Viver com teu povo em grande alegria
Experimentar um pedaço do céu

27 janeiro 2006

Fruto do Espírito - Amor

Amor
Por Aristarco Coelho
03 Novembro 2004 - Fortaleza, CE

Faz brotar em mim
O fruto do Teu Espírito.
Amor que sustenta a minh’alma
Ar que me faz viver.

Amor de quem se inclina
Em benefício do outro
Que se alegra com os santos
E faz chorar o seu choro.

Amor de irmão chegado,
Amor de irmão presente,
Amor que se afeiçoa,
Que não abandona a gente
.

26 janeiro 2006

A Lei que proíbe as “palmadas”

Por Aristarco Coelho

Foi aprovado na Câmara e encaminhado ao Senado o Projeto de Lei 2654/03 que proíbe qualquer forma de castigo físico em crianças e adolescente. De acordo com o texto, apresentado pela deputada Maria do Rosário (PT-RS), a punição corporal de crianças e adolescentes sujeitará os pais, professores ou responsáveis a medidas como o encaminhamento do infrator a programa oficial ou comunitário de proteção à família, a tratamento psicológico ou psiquiátrico e a cursos ou programas de orientação. A relatora da matéria, deputada Sandra Rosado (PSB-RN), ressaltou ainda que os castigos físicos impostos a crianças e adolescentes são uma forma de violência que não pode ser acobertada pela legislação brasileira.

Há muitos assuntos que fazem pano de fundo para a discussão da lei aprovada pela Câmara. O crescimento da violência familiar, a intromissão do Estado na vida particular das famílias – uma questão que deve tomar corpo nos próximos anos, a liberdade dos pais na escolha dos métodos de educação de seus filhos, a avaliação da eficácia da disciplina – inclusive física – no processo educacional de crianças, e muitas outras.

No entanto, para nós cristãos, há uma questão que precede e norteia as demais: o princípio bíblico que apresenta o amor também como uma expressão de correção e cuidado para como aquele que caminha em direção ao abismo.

Os cristãos acreditam em um Deus que, por amor, corrige o filho. Não um Deus que espanca movido pelo descontrole de sua ira, mas um Deus que conhecendo o coração do filho e aproximando-se das inquietações da sua alma, dedica-se a orientá-lo sobre como viver a vida e ser feliz.

O escritor de provérbio afirma que um pai que não assuma para si, assim como Deus, a responsabilidade de corrigir seu filho, na verdade não o ama e será envergonhado no futuro por um adulto infeliz e que faz outras pessoas infelizes (Provérbios 29:15). Assim, o conceito de disciplina nasce do amor e não da ira descontrolada.

A Bíblia nos informa que Deus está disposto a investir tudo no seu intento de nos apontar o caminho da plena alegria (João 3:16). Por isso, a bíblia diz que não devemos nos entristecer quando nos percebermos corrigidos por Deus (Provérbios 3:11-12). Mesmo se, por um momento, a correção é desconfortável e causa dor, a bíblia afirma que sua intenção é o nosso aperfeiçoamento (Hebreus 12:10-11), significando que a disciplina de Deus jamais é abusiva. Da mesma forma, ela orienta os pais a seguirem o exemplo de Deus e não provocarem seus filhos à ira ao educá-los (Efésios 6:4).

O ponto controverso dessa lei é que ela invade a privacidade das famílias para arbitrar sobre a educação de seus filhos e banir a correção – especialmente a física – do rol de estratégias disponíveis para educar. Talvez até a motivação seja legítima, haja vista os exageros e até abusos cometidos por pais emocionalmente descontrolados – pais que são resultado de um estilo de vida que baniu Deus da sociedade. Mas é um grande engano mover o pêndulo dessa questão para o outro extremo e retirar das famílias sensatas e equilibradas o direito de aplicarem disciplina sadia na educação de seus filhos.

O governo e suas instituições poderiam muito bem trabalhar essa questão investindo em programas de apoio a escolas, igrejas e outras instituições que se colocassem a disposição para ensinar às famílias que a disciplina é um processo extensivo de ensino e orientação, e que dispõe de vários métodos para ser aplicada. O castigo físico é apenas um dos recursos e sempre deve ser aplicado à luz do amor que envolve toda a questão.

É certo que não só o Estado, mas qualquer cidadão de bem, deve estar sempre disposto a proteger crianças ou adolescente que sejam vítima de violência. No caso do Estado, o instrumento é a criação de leis que tornem a violência e a agressão crimes passíveis de punição severa. Mas, para que nossa sociedade não seja jogada no poço do extremismo e do radicalismo, não podemos confundir algumas palmadas dentro de um processo de disciplina com a violência e a agressão sofrida por muitas crianças.


Que Deus nos dê sabedoria como sociedade para construirmos relacionamentos equilibrados e sensatos à luz dos princípios da Sua Palavra.