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19 junho 2016

Escola Bíblica - Um por todos, todos por um - Membros uns dos outros


Membros uns dos outros

Há um certo tipo de poder quando as pessoas se unem: quando a torcida pula junto e grita o nome do time, há uma força nessa unidade; quando na quadra de vôlei, cada jogador az sua parte e todos se esforças para cobrir as falhas uns dos outros e o ponto parece não ter fim, para que tipo de poder toma conta de todos que estão por perto.

É difícil negar que quando as pessoas se unem em torno de um objetivo surge uma energia que nos faz realizar bem mais do que imaginamos ser capazes. Vamos ver um vídeo sobre o poder da unidade.

Há um poder na união. Mesmo quando ela é um processo puramente humano. Imagine agora o que pode acontecer quando essa união é o resultado da ação do Espírito Santo em cada um de nós. Quando lemos as escrituras parece que essa unidade no Espírito era um dos desejos mais intensos de Jesus. Ele até orou sobre isso em Jo 17.20-23.

Uma analogia é a tentativa de explicar algo através de outra coisa. Para tentar explicar essa unidade no Espírito, que existe entre os seguidores de Jesus, a Bíblica usa uma analogia, isto é, ela compara os seguidores de Jesus ao corpo humano em I Co 12.14-26.

VERDADES IMPORTANTES

Há muito a aprender na leitura dessa comparação entre a Igreja e o copo humano. O apóstolo Paulo resume da seguinte forma: “Então nós ... somos membros uns dos outros.” (Rm 12.5). Hoje vamos destacar três verdades importantes que podem ser aprendidas neste texto.

1.     Nenhum cristão deve atuar sozinho: somos interdependentes. Não há lugar para carreira solo entre os seguidores de Jesus – o nosso canto é sempre coral. Não há lugar para monólogo – nossa atuação é sempre coletiva. Não há lugar para lobos solitários – nós andamos sempre em bandos. Nós dependemos uns dos outros. Mas, por quê?

a.      Fomos feitos diferentes; I Co 12.15,16
b.     Fomos feitos incompletos; I Co 12.21
c.      Somos apenas uma parte, não o todo. I Co 12.14

2.     Nenhum cristão deve sentir-se mais importante que os demais: somos limitados. Somos chamados à humildade, isto é, ao reconhecimento de nossos limites – nem mais, nem menos. Ninguém pode dizer a outro irmão “não preciso de você”. Por quê?

a.      Fomos feitos diferentes; I Co 12.15,16
b.     Fomos feitos incompletos; I Co 12.21
c.      Somos apenas uma parte, não o todo. I Co 12.14

Além disso, veja o ensino de Paulo aos irmãos de Roma em Rm 12.3.

3.     Cada cristão deve trabalhar para preservar a unidade: somos responsáveis. A manutenção da unidade na igreja é o resultado de nossas atitudes e uns para com os outros.

No time de futebol ou na torcida, a união vem por causa dos objetivos comuns. Porque todos querem a mesma coisa, juntam-se para alcançar os resultados. Na igreja é diferente. A unidade do Corpo de Cristo é resultado da presença do Espírito Santo em nós. Fazemos parte do mesmo corpo, porque fomos feitos parte da família de Deus (Jo 1.12)

Ninguém é parte da Igreja de Jesus apenas por vontade própria. Foi Deus quem fez de você um membro do Corpo de Cristo. É como na família de sangue: ninguém escolhe por si mesmo fazer parte. A escolha é dos outros. Portanto, eu e você não podemos produzir união. A união já existe, porque fomos feitos irmãos uns dos outros. Pode ser que essa união não esteja funcionando, bem, mas ela é uma realidade que não depende da nossa vontade.

Por outro lado, fomos chamados para preservar a essa unidade através de humildade, mansidão, longanimidade e apoio mútuo, conforme. (Ef 4.1-3)

1Suplico-vos pois - eu, prisioneiro por causa de servir o Senhor - que se conduzam de uma maneira digna da chamada que receberam de Deus. 2Sejam humildes, delicados para com os outros e pacientes, numa base de compreensão mútua e com uma afeição sincera. 3Procurem conservar entre vocês a unidade que o Espírito Santo produziu com laços de paz. (Ef 4.1-3 OL)

PERGUNTAS PARA DISCUSSÃO

1.     Somos uma igreja unida? Como podemos melhorar?
2.     Nosso jeito de viver igreja valoriza essa dependência uns dos outros?
3.     A humildade é um valor que nos caracteriza com igreja?
4.     Até que ponto o individualismo está trabalhando contra a unidade da igreja?

5.     O que poderia melhorar em nossas programações para nos sentirmos ainda mais membros uns dos outros?

Adaptado a partir de capítulo homônimo do livro "Um por todos, todos por um", Gene Getz, Ed. Textus - Rio de Janeiro - 2000, 

17 abril 2016

A Função e a Harmonia dos Membros


Comunidade Batista em Mangabeira - João Pessoa/PB - Escola Bíblica  17/04/16 


Em nossa jornada para discernir de forma apropriada o Corpo de Cristo, refletiremos sobre a função dos membros e sobre sua harmonia no corpo.

Existe ao menos um impedimento que bloqueia o exercício de nossas funções no Corpo: a mentalidade individualista, isto é, o apego a si mesmo. Enquanto essa forma de pensar dominar nossa mente não haverá espaço para o serviço, e portanto, não haverá o que ser falar sobre nossa função no corpo ou sobre a harmonia entre nós.

Dessa forma, nossa reflexão sobre função e harmonia no Corpo de Cristo pressupõe que fomos libertos de nós mesmo, que estamos prontos para pensar a vida da igreja como uma oportunidade para ser canal para a nova vida, a vida do Espírito de Deus que recebemos por meio de Jesus Cristo a fim de abençoar nossos irmãos.

Todos têm uma função (I Co 12.13)

13 Pois em um só corpo TODOS nós fomos batizados em um único Espírito: quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a TODOS nós foi dado beber de um único Espírito.

A igreja é composta de pessoas que foram imersas na vida do Espírito de Deus. Esse mergulho no Espírito Santo marca ao mesmo tempo nossa redenção individual (penhor 2 Co 1.21,22) e nosso arrolamento como parte da coletividade membro do Corpo de Cristo. Porque a salvação é individual, mas é operada na coletividade.

Paulo parece explicar que o tratamento do Espírito é o mesmo para todos que o Senhor é bondoso (cf. I Pe. 2.3). Não há qualquer distinção. Não há um membro do Corpo que não tenham uma vocação de Deus. TODOS temos algo a realizar em favor dos demais membros.

Entre o primeiro e o segundo “TODOS”, Paulo apresenta aos seus leitores dois profundos abismos (judeus/gregos e escravos/livres) de sua época para ilustrar o trabalho do Espírito na constituição do Corpo de Cristo: primeiro, duas cosmovisões diferentes (cultura, história, religião ...); depois, duas realidades de vida distintas (identidade, esperanças, sonhos ...).

E o que nos diz o apóstolo? Afirma que esses abismos são produzidos por nós, e que o Espírito de Deus não se limita por causa deles. Ao contrário, junta na Igreja quem ele quer e dá a todos uma incumbência de serviço ao corpo a ser cumprida.

Ainda sobre o TODOS, precisamos lembrar que vivemos tempos em que a sacerdotalização em forma de casta tem renascido e sido acolhida por vários irmãos como um modo aceitável de viver a fé.

São tempos em que a igreja reformada por Lutero e outros é tentada a refluir para o padrão clero/laicato. Tempos em que a fé se vê ancorada em líderes personalistas, hiperativos e repletos de dons, enquanto o restante do corpo assiste passivo as performances e aguarda dos iluminados bênçãos, orações e fórmulas para fazer a vida funcionar.

É certo que o modo sacerdotal de viver a fé dominou a cena da humanidade por muito tempo, mas também é verdade que ele encontrou no evangelho de Cristo um forte opositor.

Mc 15.38 – O véu rasgou-se
I Pe. 2.5-9 – Sacerdócio Santo e Real
Ap. 1.5 – Sacerdotes para servir
Ap. 5. 8-10 – Sacerdotes para o nosso Deus

É surpreendente que, no interior de um uma religião essencialmente sacerdotal, nasceu o evangelho de um único e perfeito mediador que a todos chama para aproximar-se de Deus como um filho se aproxima de um pai amoroso.

19 Sendo assim, irmãos, temos plena confiança para entrar no Santo dos Santos mediante o sangue de Jesus,20 por um novo e vivo Caminho que Ele nos descortinou por intermédio do véu, isto é, do seu próprio corpo;21 e tendo um magnífico sacerdote sobre a Casa de Deus.22 Portanto, acheguemo-nos a Deus com um coração sincero e com absoluta certeza de fé, tendo os corações aspergidos para nos purificar de uma consciência culpada, e os nossos corpos lavados com água pura.

Ninguém pode ser descartado (I Co 12.21-24a)
  
21 O olho não pode dizer à mão: "Não preciso de você! "Nem a cabeça pode dizer aos pés: "Não preciso de vocês!" 22 Pelo contrário, os membros do corpo que parecem mais fracos são indispensáveis, 23 e os membros que pensamos serem menos honrosos, tratamos com especial honra. E os membros que em nós são indecorosos são tratados com decoro especial, 24 enquanto os que em nós são decorosos não precisam ser tratados de maneira especial.

O argumento de Paulo é de que não somos nós quem diz se alguém é necessário ou não ao corpo. Em princípio todos os membros do corpo são necessários e nenhum pode ser simplesmente descartado.

Parece que Paulo coloca sob suspeita os critérios que usamos para fazer essa avaliação. Primeiro ele fala do engano de contarmos apenas com aqueles que consideramos fortes: história de fé na família, vida financeira estruturada, família equilibrada, frequente nos cultos, contribuinte, comprometido: esses são os que parecem fortes! Eles estão sempre visíveis e são sempre chamados a se apresentar no front da batalha. Mas nem por isso os demais membros do corpo podem ser dispensados.

Aqueles que parecem fracos, não podem ser dispensados da comunhão nem tampouco desprezados. Nas palavras de Paulo eles são indispensáveis para a harmonia do corpo. A analogia aponta as partes do corpo humano que são pouco resistentes, mas que cumprem funções importantes. Os lábios são frágeis, as orelhas são frágeis, os olhos são frágeis, todos eles precisam ser protegidos por braços e mãos, mas sem eles o corpo perderá sua harmonia.

Os irmãos mais sensíveis, menos resistentes aos desgastes da vida, mais frágeis diante do mundo, menos capazes de reagir, menos perceptivos sobre as sujeiras da vida, não podem ser jogados fora. Ainda às vezes seja trabalhoso, eles devem ser cuidados e protegidos. O corpo depende deles para cumprir sua vocação.

Outro aspecto do mesmo argumento é quanto aos membros mais ou menos decorosos. Esse é um argumento impressionante porque Paulo afirma que aqueles de quem temos mais vergonha não devem ser expostos ao ridículo, mas protegidos para que se apresentem de forma digna.

Em um corpo harmônico não há lugar para a exposição gratuita das fragilidades dos irmãos. Não há lugar para envergonhar os outros porque eles são diferentes. Não há lugar para humilhar os que não conseguem. Não há lugar para fazer pouco caso de quem quer que seja por seja qual for a razão. Porque quando um membro do corpo é envergonhado, todo o corpo sente vergonha com ele.

Vocação: para cada um, por causa de todos.

Mas Deus estruturou o corpo dando maior honra aos membros que dela tinham falta, 25 a fim de que não haja divisão no corpo, mas, sim, que todos os membros tenham igual cuidado uns pelos outros. (I Co 12.24b-5)

Nosso lugar no corpo foi planejado por Deus. Não há acasos nisso. Nossa história tem parte nisso, nossas experiências são importantes, nossa formação tem seu lugar, mas ao final tudo está sob a coordenação daquele que é o cabeça da igreja.

Paulo revela uma lógica invertida nessa montagem do corpo. Aparentemente o Senhor providenciou equilíbrio no corpo ao conceder honra exatamente àqueles que dela tinham falta.

A abordagem sobre honra aqui é a mesma. Vestir de forma apropriada, os membros do corpo que expostos estariam desprotegidos e à mercê de comentários. A ideia é de proteger quem está desprotegido. Então, explica que o próprio Senhor da Igreja age assim para produzir harmonia no corpo.

Dessa forma, todos os membros são vocacionados (chamados) a servir ao Corpo. E são capacitados, protegidos e honrados de forma que haja harmonia. Assim, quando cada membro do corpo exerce sua função estamos cuidados uns dos outros e o corpo opera seu próprio crescimento de forma harmônica.


27 março 2016

Ligado à Cabeça


Ligado à Cabeça
 Comunidade Batista em Mangabeira - João Pessoa/PB - Escola Bíblica  03/04/16 


Introdução

Continuando nossas reflexões sobre a realidade do Corpo de Cristo, passamos agora a refletir sobre a necessidade de nos mantermos firmemente ligados à Cabeça.

1.   A vida procede de Jesus

A Igreja não é geradora de vida. A vida do Corpo vem de Cristo, por meio da ligação que temos com Ele. Apenas Ele tem vida em si mesmo; nós recebemos vida da parte e continuamos vivos estamos nele.

25 Eu lhes afirmo que está chegando a hora, e já chegou, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e aqueles que a ouvirem, viverão. 26 Pois, da mesma forma como o Pai tem vida em si mesmo, ele concedeu ao Filho ter vida em si mesmo. Jo 5.25-26 (NVI)

Isso quer dizer que a vida do corpo é resultado da ligação de cada um de seus membros à Cabeça. É bom estar empolgado com programações e programas, mas definitivamente isso não nos torna participante da vida da igreja, porque não somos nós, membros do corpo, que concedemos vida uns aos outros. A vida circula entre nós, mas sua fonte é um só: a cabeça. Portanto, não há vida para um membro do corpo fora de sua ligação com a Cabeça.

1 Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, Ef. 2.1 (ARA)

Recebemos vida, mas nenhum de nós goza de independência ou autonomia de vida. Fora do corpo estamos mortos; no corpo nossa vida é resultado da vida que vem de Jesus.

4 Permaneçam em mim, e eu permanecerei em vocês. Nenhum ramo pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira. Vocês também não podem dar fruto, se não permanecerem em mim. Jo 14.4 (NVI)

Alguém que discerniu seu lugar no Corpo de Cristo não deveria jamais se arriscaria a viver sua nova vida por conta própria, desconectado da cabeça; porque sabe que depende completamente da vida que há em Jesus.

2.   Obediente à Cabeça

Em um corpo humano sadio os membros não fazem o que querem, eles estão submetidos à vontade da cabeça. Assim, também na igreja, os membros do Corpo de Cristo obedecem à autoridade que há nele. Sem essa submissão, o corpo segue com movimento desengonçados e descontrolados.

18 Que ninguém afirme que vocês estão perdidos porque se recusam a adorar a anjos, como dizem eles que vocês devem. Dizem que tiveram uma visão e por isso sabem que vocês têm que fazer isso. Esses homens vaidosos têm uma imaginação muito esperta. 19 Mas eles não estão ligados a Cristo, a Cabeça à qual todos nós, que somos o seu corpo, estamos unidos; porque somos unidos pelos seus fortes ligamentos e só crescemos á medida que recebemos dele a nutrição e a força. Col 2.18-19 (BV)

Infelizmente não é raro que participem de nossas reuniões pessoas que rejeitam a autoridade e Jesus e se coloquem a si mesmas como autoridade sobre o Corpo, expulsando a Cristo do lugar que lhe é devido.

E também há aqueles que preferem submeter-se a essas falsas cabeças, tanto por subserviência infantil, como por não estarem dispostos a investir em um relacionamento pessoal com Cristo.

Obedecer a Cristo é reconhecer e submeter-se aos seu Senhorio e segui-lo; porque Jesus não é tão somente salvador, mas Senhor sobre tudo e todos. Seguir quer dizer que “o caminho por onde ando é o lugar para onde vou foram decididos por outra pessoa.

3.   Ajustados e consolidados

15 Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo. 16 Dele todo o corpo, ajustado e unido pelo auxílio de todas as juntas, cresce e edifica-se a si mesmo em amor, na medida em que cada parte realiza a sua função. Ef. 4.15-16 (NVI)

A ligação de cada membro à cabeça nos torna capazes de realizarmos nossa função no corpo. E, enquanto realizamos nossas funções, somos ajustados e unidos uns aos outros. É claro que por vezes esse processo produz problemas de relacionamento entre nós.

Embora sejamos tentados a resolver esses problemas prioritariamente (ou até exclusivamente) entre nós, eles encontrarão solução eficaz em nossa submissão à cabeça. Isso não significa que devemos deixar de tratar nossas diferenças, mas que uma vida comunitária satisfatória está baseada primeiramente em nosso relacionamento com Cristo. Vejamos algumas opiniões sobre esse assunto:

Nee

(...) não nos tornamos cristãos por causa de termos achado que os outros cristãos são pessoas agradáveis, nem temos êxito como crentes por termos dominado com perícia uma técnica cristã. Chegamos a ser cristãos porque conhecemos a Cristo. E a maneira em que continuamos vivendo com êxito a vida cristã é a mesma maneira na qual nascemos como cristãos.

(...) Necessitamos da comunhão com os demais porque o Cristo que habita em mim e o Cristo que habita em você são inseparáveis. O Cristo que habita em mim não é fragmentário, mas um todo - Cristo. Cristo em você é Cristo em mim - Este é o Cristo que é a base de nossa comunhão.   

(...) existe, todavia, uma coisa que todos temos em comum, que é o Cristo que habita no interior. Visto que o Cristo em nós é o Mesmo, podemos ter comunhão uns com os outros.

A comunhão entre cristãos deve ser a que se relaciona com Cristo. Não temos base para a comunhão fora da Cabeça. Nossa comunhão é normal e proveitosa se todos nos mantemos ligados à Cabeça. De outra forma, a comunhão é deficiente.

NEE, Watchman. O corpo de Cristo: uma realidade. Clássicos. São Paulo. 2004

Em II Sm 15:1-17 vemos os desdobramentos da comunhão baseada na habilidade, na simpatia e na consideração.

Tozer

Cada membro é juntado ao todo por uma relação de vida. Assim como se pode dizer que a alma é a vida do seu corpo, também a habitação do Espírito é a vida da Igreja.

(...) um corpo com vários membros obedientes, com uma cabeça a dirigi-los, assim também é exato que a verdadeira Igreja é um corpo, e os cristãos individualmente são membros, e Cristo é a Cabeça.

Como toda atividade humana se executa através da mente, assim também a obra da Igreja se faz pelo Espírito, e somente por Ele.

TOZER A. W. O caminho do poder espiritual. Mundo Cristão. São Paulo. 1985

Dietrich

Segundo: Um cristão só chega a outro através de Jesus Cristo. Entre as pessoas reina a discórdia. “Ele é a nossa paz” (Efésios 2.14), afirma Paulo a respeito de Jesus Cristo no qual a velha humanidade dilacerada tomou a unificar-se. Sem Cristo há inimizade entre as pessoas e entre elas e Deus. Cristo tomou-se o mediador e trouxe a paz com Deus e entre as pessoas. Sem Cristo não conheceríamos Deus, não poderíamos invocá-lo nem vir a ele. Sem Cristo também não conheceríamos o irmão nem poderíamos encontrá-lo. O caminho está bloqueado pelo próprio eu. Cristo desobstruiu o caminho que leva a Deus e ao irmão. Agora os cristãos podem viver em paz uns com os outros, podem amar e servir uns aos outros, podem se tomar um. Contudo, também de agora em diante só poderão fazê-lo por meio de Jesus Cristo. Apenas em Jesus Cristo nós somos um, apenas por meio dele estamos unidos. Ele permanece o único mediador até a eternidade.

Pertencemos a ele, porque estamos nele. Por isso a Escritura nos chama de corpo de Cristo. Mas se, mesmo antes de podermos saber e desejar, fomos eleitos e aceitos em Jesus Cristo com toda a comunidade, também lhe pertencemos todos juntos em eternidade. Nós que vivemos em sua comunhão aqui, estaremos um dia com ele em comunhão eterna. Quem olha para seu irmão, saiba que estará eternamente unido com ele em Jesus Cristo. Comunhão cristã é comunhão através de e em Jesus Cristo. Nessa pressuposição baseiam-se todos os ensinamentos e regras da Escritura acerca da vida em comunhão da cristandade.

(...) O irmão com o qual lido na comunhão não é aquela pessoa honesta, ansiosa por fraternidade e piedosa que está diante de mim, mas é a pessoa redimida por Cristo, justificada, chamada para a fé e para a vida eterna. Nossa comunhão não pode ser baseada naquilo que a pessoa é em si, em sua espiritualidade e piedade. Determinante para nossa fraternidade é aquilo que a pessoa é a partir de Cristo. Nossa comunhão consiste unicamente no que Cristo fez por nós dois. E isso não é assim apenas no início, como se, no decorrer do tempo, algo fosse acrescentado a essa comunhão, mas assim será para todo o futuro e em toda a eternidade. Só tenho e terei comunhão com outra pessoa através de Jesus Cristo. Quanto mais autêntica e profunda fôr nossa comunhão, tanto mais tudo o resto ficará em segundo plano, com tanto mais clareza e pureza Jesus Cristo, única e exclusivamente ele, e sua obra se tornarão vivos entre nós. Temos uns aos outros apenas através de Cristo, mas através de Cristo nós de fato temos uns aos outros, inteiramente para toda a eternidade.

BONHOEFFER, Dietrich. Vida em Comunhão. Sinodal. São Leopoldo – PR. 1997


28 fevereiro 2016

A consciência do Corpo de Cristo


A consciência do Corpo de Cristo
Comunidade Batista Mangabeira 4 - João Pessoa/PB - Escola Bíblica  21 e 28/02 e 06/03/2016

Introdução

A mesma vida de Deus, que nos torna cônscios de que fomos regenerados, por meio da presença do Espírito de Deus em nós, também é responsável por nos tornar parte do Corpo de Cristo.

Temos convicção desse mergulho no Corpo de Cristo por meio da fé naquilo que nos apresentam as Escrituras. Mas como perceber quando isso aconteceu? Isto é, quais são os sinais externos na vida de uma pessoa que é parte da Igreja de Jesus?

Os seis indicadores que veremos a seguir não são exaustivos nem devem ser usados como instrumentos de acusação, seja contra nós mesmos ou contra outras pessoas. Mas eles são boas referências sobre a quantas anda nossa caminhada com Cristo. Portanto, antes serem vistos como dedos apontados para alguém, devem ser vistos como mãos estendidas, convocando para experimentarmos a igreja em sua plenitude.
  

1.   Amar os irmãos

Esse é o primeiro e mais básico sinal externo de quem é parte do Corpo de Cristo. O Apóstolo João foi direto e contundente em relação a isso:

14 Sabemos que já passamos da morte para a vida porque amamos nossos irmãos. Quem não ama permanece na morte. 1 Jo 3.14 (NVI)

Naqueles que nasceram de novo o amor pelo irmão é algo inerente a sua nova natureza. O amor pelos irmãos e resultado da vida do Pai que habita em nós. É uma profunda identificação com aqueles que foram gerados pelo mesmo Espírito.

Esse amor nasce no interior habitado pelo Espírito. Não há como força-lo de fora para dentro. Ele é o transbordar do amor de Deus em nós. Portanto, não pode ser fabricado ou criado por eventos e programas religiosos.

Devemos nos encorajar mutuamente ao amor por nossos irmãos, mas isso não o produz em nós; tão somente nos incentiva a experimentar o amor que já foi colocado em nós quando fomos feitos filhos de Deus.

À medida que identificamos em alguém a mesma vida de Deus, o amor plantado em nós deseja florescer. Muitos têm experimentado que, em cidade diferente daquela em que moram, a companhia de irmãos que nem conheciam antes os faz sentir-se em família e provoque o amor por esses filhos de Deus.

O Apóstolo João narra uma explicação de Jesus sobre o amor que pode nos ajudar a esclarece um pouco mais quanto a que tipo de amor estamos falando.

12 O meu mandamento é este: amem-se uns aos outros como eu os amei. 13 Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos. João 15.12,13

Quando falamos de amar o irmão, não estamos dizendo necessariamente que isso é ser simpático, agradável e cortês. Essas atitudes fazem parte de uma boa educação e qualquer pessoa pode agir assim. O amor a que somos chamados pelo evangelho é aquele de quem está disposto (e na verdade o faz) a gastar (ou investir) sua vida (psique) em prol da outra pessoa.

Amar, portanto, não é concordar sempre com o irmão, mas estar disposto a gastar-se para que ele seja uma pessoa melhor (inclusive melhor que você). Isso significa, entre outras coisas, compromisso de:

        (1)          Diálogo permanente,
        (2)          Confrontação amorosa e
        (3)          Perdão sem barreiras.


2.   Manter a unidade

Outro sinal externo de que alguém é parte do Corpo de Cristo é o desejo intenso do seu coração de que não haja divisão ou separação entre os filhos de Deus.

Alguém que é parte do Corpo resiste até às últimas consequências antes de ver a unidade da Igreja ser rompida. Divisões e partidarismos são atitudes que deixam aqueles que nasceram de novo abatidos e entristecidos.

Em sua oração sacerdotal, Jesus intercedeu por essa unidade com palavras que apontam para o impacto dessa unidade inclusive sobre os que estão fora da igreja


20 "Minha oração não é apenas por eles. Rogo também por aqueles que crerão em mim, por meio da mensagem deles, 21 para que todos sejam um, Pai, como tu estás em mim e eu em ti. Que eles também estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.

22 Dei-lhes a glória que me deste, para que eles sejam um, assim como nós somos um: 23 eu neles e tu em mim. Que eles sejam levados à plena unidade, para que o mundo saiba que tu me enviaste, e os amaste como igualmente me amaste.

A unidade que Jesus deseja para sua igreja é semelhante àquela que existe entre ele e o Pai. No nosso caso, ela decorre do fato de que fomos gerados pelo mesmo Espírito e agora estamos conectados uns aos outros por causa da vida de Cristo que habita em nós e passa, através de nós, de uns para com os outros.

Essa unidade é tão poderosa que céus e terra, quando testemunharem, serão obrigados a reconhecer que Jesus é o messias (enviado) de Deus e que o amor de Deus por nós é uma realidade irrefutável. Assim, quem se percebe conectado ao Corpo de Cristo não vê sentido em atitudes como as listadas a seguir e as rejeita em sua própria vida.

Sectarismo:
(1)          Eu sou de Paulo, eu sou de Apolo, eu sou de Cefas. (1 Cor 3.4)

Individualismo:
(1)          Oração por si mesmo – incapacidade de ouvir e acompanhar a oração dos irmãos;
(2)          Não há movimentos interiores pela oração dos irmãos;
(3)          Está limitado ao seu próprio ego – vai ao culto para desabafar o que está dentro de si;
(4)          Fala animadamente sobre a própria vida, mas tem pouco interesse na vida dos irmãos.

Panelinha:
(1)          Preferência por alguns e desprezo dos demais;
(2)          Valoriza as afinidades e se irrita com as diferenças.


Na verdade, as Escrituras parecem deixar bem claro que não podemos produzir unidade, já que ela decorrer dos vínculos que recebemos de nossa nova natureza, mas podemos e devemos nos esforçar para preservar essa unidade. Veja o que diz Paulo:

1 Como prisioneiro no Senhor, rogo-lhes que vivam de maneira digna da vocação que receberam. 2 Sejam completamente humildes e dóceis, e sejam pacientes, suportando uns aos outros com amor. 3 Façam todo o esforço para conservar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz. Ef 4.1-3 (NVI)
  
3.   Libertar-se do trabalho independente

Ao nos percebermos parte integrante do Corpo de Cristo, fica claro que é mais importante o cumprimento da missão dada ao Corpo do que o reconhecimento de que fomos nós a fazer determinada tarefas.

Na verdade, não faz diferença quem realizou o que; o importante é que a obra seja realizada. A participação de cada membro do corpo, portanto não pode ser a tentativa de afirmar-se como um grande realizado, mas tão somente a singela contribuição de um dos muitos membros que formam o Corpo. Veja o que Paulo fala sobre isso:

14 O corpo não é composto de um só membro, mas de muitos. 15 Se o pé disser: "Porque não sou mão, não pertenço ao corpo", nem por isso deixa de fazer parte do corpo. 16 E se o ouvido disser: "Porque não sou olho, não pertenço ao corpo", nem por isso deixa de fazer parte do corpo. 17 Se todo o corpo fosse olho, onde estaria a audição? Se todo o corpo fosse ouvido, onde estaria o olfato? 18 De fato, Deus dispôs cada um dos membros no corpo, segundo a sua vontade. 19 Se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo? 20 Assim, há muitos membros, mas um só corpo. 21 O olho não pode dizer à mão: "Não preciso de você! " Nem a cabeça pode dizer aos pés: "Não preciso de vocês! " 1 Cor 12.14-21 (NVI)

Vejamos alguns sinais de trabalho independente:

(1)          Pensar que tudo o que você faz tem valor espiritual superior àquilo que os demais irmãos fazem;
(2)          Agir como se não precisasse dos demais irmãos nem da convivência com eles para realizar a vocação de Deus para sua vida;
(3)          Sentir-se demasiadamente triste quando os resultados de suas atividades não são bons ou demasiadamente feliz consigo mesmo quando os resultados são bons;
(4)          Desejar monopolizar algum aspecto da obra, impedindo ou tentando impedir outros irmãos de cooperarem nas tarefas a serem realizadas;
(5)          Sentir que a igreja depende de você para avançar na obra de Deus.

Aqueles que discernem de forma apropriada o Corpo de Cristo são avessos a essas coisas. Percebem que o Corpo é feito de muitos membros e reconhecem nos irmãos os dons e as habilidades que lhes faltam. Então, olham para si como um entre muitos membros.

Ao perceber-se com um entre muitos membros, todos com habilidades diferentes e funções complementares, o cristão regenerado não se permitirá imaginar que a obra da igreja de alguma forma lhe pertença. Quem assim procede não está discernindo adequadamente o Corpo de Cristo.

4.   Perceber a necessidade de comunhão

Não é suficiente rejeitar o trabalho independente. Aqueles que discernem o Corpo de Cristo também veem a comunhão como necessária e indispensável para a vida da igreja. É preciso, no entanto, explicar sobre que tipo de comunhão estamos falando.

Comunhão de fora para dentro ou “Você precisa de mim”.

Nesse tipo de comunhão procuramos os irmãos movidos por certo senso de superioridade. E os encontros muitas vezes servem para afirmar essa pretensa superioridade. Assim, as confraternizações, eventos sociais, visita à casa dos irmãos e a convivências em grupos pequenos acabam produzindo mal-estar, comparações e até desamor.

Comunhão de dentro para fora ou “Eu preciso de você”

Já nesse tipo de comunhão o ajuntamento se dá quando, ao perceber minhas limitações e inadequações para prosseguir como discípulo de Jesus em voo solo, sou tomado pelo desejo de compartilhar a caminhada com outros irmãos; porque sem eles sou incompleto. Assim somos desafiados a considerar atentamente nossas próprias limitações.

Nesse ponto vale a pena rever a orientação do Apóstolo Paulo aos irmãos da cidade de Roma:

3 Porque, pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um. 4 Porque assim como num só corpo temos muitos membros, mas nem todos os membros têm a mesma função, 5 assim também nós, conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros,
Rom 12. 3-5 (ARA)

A comunhão de dentro para fora pode ser percebida na motivação que nos leva a estarmos reunidos com os irmãos. Vejamos alguns exemplos:

Na oração: sabendo que não sou adequado no que se refere à oração, procuro outros irmãos para orarem comigo.

Ao enfrentar problemas: reconhecendo minha incompetência para solucionar as dificuldades que a vida me apresenta, peço a dois ou três irmãos essas situações comigo.

Ao buscar a vontade de Deus: percebendo minha incapacidade para conhecer sozinho a vontade de Deus, peço ajuda de outros irmãos para discerni-la.

Nas decisões: reconhecendo o quanto facilmente fico confuso sobre o futuro, chamo dois ou três irmãos para ajudarem em minhas decisões.

No estudo das Escrituras: reconhecendo que não consigo entender adequadamente a Palavra de Deus sozinho, estudo a Bíblia com dois ou três irmãos.


De forma resumida poderíamos afirmar que o processo de consolidação da comunhão

1.   Reconheço minha insuficiência e incompetência;
2.   Confesso minha limitação e inclinação ao erro;
3.   Peço aos irmãos que me ajudem.


5.   Aprender a ser um membro

Discernir o Corpo de Cristo é também assumir nossa condição de membros do Corpo. Isso quer dizer que cada um de nós deve aprender sobre a função que tem no Corpo. Cada membro tem um serviço a desempenhar.

Quem é membro da Igreja de Jesus não consegue se ausentar da convivência dos irmãos sem que faça falta aos demais membros, porque todos reconhecem o ministério recebido de Deus que ele realiza para a edificação da Igreja.

Outro aspecto desse aprendizado é que ninguém que faça parte do Corpo de Cristo e tenha discernido adequadamente esse Corpo, participa passivamente dos encontros da Igreja, porque não lhe é peculiar agir como um expectador passivo.

Escrevendo aos irmãos de Corinto, Paulo abre uma janela que nos permite perceber a intensa participação dos irmãos nos encontros da Igreja do Senhor. Vejamos:

26 Portanto, que diremos, irmãos? Quando vocês se reúnem, cada um de vocês tem um salmo, ou uma palavra de instrução, uma revelação, uma palavra em língua ou uma interpretação. Tudo seja feito para a edificação da igreja. 1 Cor 14.26 (NVI)

É o Espírito quem nos comunica que:

Há uma palavra a ser dita
Há uma oração a ser feita
Há um sorriso a ser demonstrado
Há um encorajamento que deve acontecer
Há uma exortação a ser dispensada
Há um discernimento, um socorro, uma gratidão, uma alegria...


6 Temos diferentes dons, de acordo com a graça que nos foi dada. Se alguém tem o dom de profetizar, use-o na proporção da sua fé. 7 Se o seu dom é servir, sirva; se é ensinar, ensine; 8 se é dar ânimo, que assim faça; se é contribuir, que contribua generosamente; se é exercer liderança, que a exerça com zelo; se é mostrar misericórdia, que o faça com alegria. Rom. 12. 6-8 (NVI)


6.   Submeter-se à autoridade


Todos os membros do Corpo de Cristo, pela ação do Espírito de Deus, tornam-se conscientes e convictos de que estão sob o comando daquele que é a Cabeça: Jesus.

Submissão direta: Ouvir a voz de Deus que fala a você pelas Escrituras e sussurrando à sua consciência.

Submissão indireta: Atender àqueles que Deus pôs como autoridade em sua vida. Nem todos ocupam essa posição, mas alguns são colocados por Deus dessa forma.

Não basta submeter-se à Cabeça, porque em sua sabedoria Deus estabeleceu a Igreja como um corpo interdependente. Somos chamados à submissão mútua, conforme o chamado ministerial de cada um no Corpo.

17 Sede obedientes aos vossos líderes espirituais e submissos à autoridade que exercem. Pois eles zelam por vós como quem deve prestar contas de seus atos; para que ministrem com alegria e não murmurando, porquanto desta maneira tal ministério não seria proveitoso para vós outros. Hb 13.17 (KJA)

O corpo não funcionará harmoniosamente sem que o princípio de autoridade seja compreendido e aplicado. Os movimentos do Corpo podem se tornar caóticos e desengonçados se os membros não se submeterem mutuamente uns aos outros.

5 Da mesma forma jovens, sujeitem-se aos mais velhos. Sejam todos humildes uns para com os outros, porque "Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes". 1 Pe 5.5 (NVI)

Somos livres! Cristo nos libertou para a liberdade. Mas somo dependentes uns dos outros. Essa liberdade não se traduz em independência ou autogestão ministerial. A autoridade de Cristo, a Cabeça do Corpo, se realiza através da mútua submissão a que somos chamados.

13 Por causa do Senhor, submetei-vos a toda autoridade constituída entre os povos; seja ao rei, como principal monarca, 14 seja aos governantes, como por ele enviados, para punir os praticantes do mal e honrar os que fazem o bem. 15 Porque a vontade de Deus é que praticando o bem, caleis a ignorância dos insensatos. 16 Considerando que sois livres, não useis a liberdade como pretexto para fazer o que é mal, mas vivei como servos de Deus. 17 Tratai todas as pessoas com a devida reverência: amai os irmãos, temei a Deus e honrai ao rei. 1 Pe. 2.13-17 (KJA)

No Corpo não existe relação entre autoridade e superioridade. Quando mais um membro é revestido de autoridade maior é a sua vocação para servir os demais.

25 Jesus lhes disse: "Os reis das nações dominam sobre elas; e os que exercem autoridade sobre elas são chamados benfeitores. 26 Mas, vocês não serão assim. Pelo contrário, o maior entre vocês deverá ser como o mais jovem, e aquele que governa como o que serve. 27 Pois quem é maior: o que está à mesa, ou o que serve? Não é o que está à mesa? Mas eu estou entre vocês como quem serve. Lc 22.25-27 (NVI)

Revisando rapidamente, aquele que discerne o Corpo de Cristo mediante a ação do Espírito Santo em seu interior:

1.   Ama os irmãos;
2.   Mantém a unidade;
3.   Rejeita o ministério independente;
4.   Percebe a necessidade de comunhão
5.   Aprende a ser um membro
6.   Submete-se à autoridade

Bibliografia de consulta
A realidade da Igreja - Watchman Nee

Traduções das Bíblia
NVI - Nova Versão Internacional
OL - O Livro
ARA - Almeida Revista e Atualizada
KJA - King James Atualizada